quinta-feira, 28 de julho de 2011

O mundo vai acabar!



Quantas vezes nos impingiram esta frase ao longo da vida. Desde seitas religiosas a "iluminados" ou simples aproveitadores da crendice alheia, muitos têm procurado tirar partido do medo do homem em morrer






Os psicólogos têm explicações racionais para este tipo de medos que o ser humano carrega, muito especialmente a partir de idades avançadas, ou em fases negativas da existência, por vezes derivadas apenas da falta de soluções adequadas, segundo a perspectiva pessoal de cada um.O homem é um ser extraordinário, basta ter sido criado por Deus, mas o seu sentido de confiança não acompanha o dia-a-dia da vida. E tem razões para assim proceder.
Se olharmos em volta, o que nos apresentam? Ligamos a televisão, vemos e ouvimos notícias ou acontecimentos que nos relatam quase exclusivamente aspectos negativos, como guerra, atentados, mortes por fome, acidente ou maldade de outros. Folheamos um jornal e verificamos o mesmo, por vezes ainda mais apimentado com sexo, futebol e outros factos pessoais de personalidades importantes ou não, mas que constituem uma curiosidade mórbida para quem lê. 

De facto, nós temos a curiosidade em conhecer a vida dos outros, mas quantas vezes tal se torna na tendência de aceitar a catástrofe colectiva ou individual como inevitável, quando são apenas factos isolados, embora reais. Como é evidente, os meios de comunicação social são altamente responsáveis por este estado de coisas, eles pretendem vender o seu produto, a publicidade, e usam todas as técnicas conhecidas ou não, para atingir a finalidade do lucro.

Contudo, a nossa responsabilidade nos critérios de escolha é ainda maior. Temos que fazer opções em relação ao que compramos, vemos ou ouvimos, só assim será possível não “embarcarmos” na ganância do lucro desmedido que outros procuram à custa de todos nós. É necessário fazer um enorme esforço e até contrariar os nossos instintos, mas temos a obrigação de o fazer, sob pena de sermos ludibriados.

Claro que o mundo vai acabar para cada um de nós, embora não possamos prever quando, nem como, é afinal o grande mistério da criação. Mas seja qual for o nosso estádio de vida, novos ou velhos, poderemos ainda ter um percurso agradável, ou até mesmo feliz, apesar da incerteza que essa palavra encerra. A matéria, ou os bens materiais, não são tudo na vida. Há muitos pobres que na sua condição vivem felizes, têm paz de espírito e assumem o quotidiano com alegria. 

A injustiça na criação de riqueza e sua distribuição devem manter-nos inquietos e temos de lutar para que seja feita com mais equidade em todos os aspectos, mas isso não nos deve tirar a lucidez do essencial. E o primordial da nossa vida deverá ser a constatação de que este mundo constitui uma efémera passagem a caminho do Além, com paragem única e final para a nossa alma que terá a sua existência perpetuada.



Texto Eduardo Santos 
fonte http://www.fatimamissionaria.pt/index.php

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Religião atrofia o cérebro, revela estudo de universidade americana


Estudo do Centro de Saúde da Universidade Duke (EUA) concluiu que o hipocambo de pessoas religiosas diminui com o tempo, de forma similar com o que ocorre com o cérebro de portadores do Mal de Alzheimer.

A função do hipocampo, que fica nos lobos temporais, ainda não foi totalmente mapeada pela neurociência, mas já é certo que é fundamental para a retenção da memória e locomoção das pessoas no espaço. Pesquisas recentes comprovaram que parte dos esquizofrênicos apresenta anormalidade nessa região do cérebro.

Amy Owen, coordenadora do estudo, disse ter ficado surpresa com o resultado porque várias pesquisas apontam para os benefícios da religião, como o alívio da ansiedade e da depressão. O seu estudo é o primeiro no gênero.

Ela informou ter usado ressonância magnética para medir o hipocampo de 268 homens e mulheres de 58 anos a 84, entre os quais crentes e não religiosos. A faixa etária é alta porque o objetivo inicial do estudo era avaliar os efeitos da depressão no cérebro de idosos.

Amy reconheceu que a complexidade do cérebro e o pequeno número de pessoas examinadas podem comprometer o estudo, mas ainda assim ela acredita que as conclusões estejam na direção certa.

Uma das possíveis causas da atrofia do cérebro nesse caso, segundo ela, é o estresse dos crentes em consequência, entre outros fatores, do conflito de seu comportamento com o que prega a igreja e do temor de ser punido por Deus. “Transgressões religiosas podem originar angústia e desequilíbrio emocional.”

O estresse libera um hormônio que diminui o hipocampo. Em pessoas de minoria religiosa,  o estresse tende a ser maior.

A estudiosa informou que a diminuição do hipocampo se apresentou mais acentuada em determinados grupos de religiosos, destacando-se, pela ordem, protestantes e católicos.

O estudo foi publicado pela universidade em março e agora comentado pela revista Scientific American.

A Universidade Duke fica em Durham, no Estado da Carolina do Norte. Ela está entre as 10 melhores dos Estados Unidos.

Texto do blog com informação da Scientific American.

sábado, 23 de julho de 2011

O lado sombrio do Papa João XII

Apesar das controvérsias contemporâneas em torno da Igreja Católica, os papas mais recentes se comportam muito bem se comparados com alguns de seus antecessores. O livro "A História Secreta dos Papas"mostra como diversos sumos sacerdotes da Igreja Católica agiram de forma bem contrária aos ensinamentos cristãos que representavam.
Durante a Idade Média não faltaram papas que foram especialistas em conspirações, assassinatos e até bruxarias. O livro conta algumas das histórias mais assustadoras do Vaticano. Uma delas é o Sínodo do Cadáver, em que o bondoso --e falecido-- papa Formoso foi desenterrado, julgado por seu sucessor Estevão 7° e jogado no Rio Tibre.
O livro ainda mostra com detalhes como funcionou a sanguinária Inquisição e conta a história de algumas das suas mais célebres vítimas, como Galileu Galilei, que só escapou da morte porque foi obrigado a negar publicamente seus ideais.
Mas talvez o mais terrível pontífice da história da Igreja Católica seja João 12°, que castrou um de seus cardeais, cegou outro, torturou desafetos -até retirando a pele de alguns-- e chegou a brindar ao demônio em seus diversos bacanais. Apesar da tentativa de diversos bispos de retirar de alguma forma João 12° de sua posição, ele só sossegou mesmo após ser surpreendido pelo marido de sua amante e assassinado com uma martelada no crânio.

Leia abaixo um trecho de "A História Secreta dos Papas" sobre João 12°.
*
Dormiu com as prostitutas de seu pai e chegou ao cúmulo de manter relações com sua própria mãe. João XII também presenteava suas amantes com cálices de ouro, verdadeiras relíquias sagradas da igreja de São Pedro. Ele ainda cegou um cardeal e castrou outro, causando sua morte. Apoderava-se das oferendas feitas pelos peregrinos para apostar em jogos. Nessas seções de jogatina, o próprio papa costumava evocar os deuses pagãos para ter sorte ao arremessar os dados. As mulheres eram advertidas a se manterem longe de São João de Latrão, ou de qualquer outro lugar frequentado pelo papa, pois ele estava sempre a procura de novas conquistas. Após pouco tempo, os romanos estavam tão furiosos com tais atitudes que o papa começou a temer por sua vida. Sendo assim, resolveu saquear a igreja de São Pedro e fugir para Tívoli, a 27 quilômetros de Roma.
João XII estava causando tanto estrago ao papado e ao Vaticano, superando os crimes e pecados de seus antecessores, que um sínodo especial foi convocado. Todos os bispos italianos, 16 cardeais e outros prelados (alguns alemães), reuniram-se para decidir o que fazer com o devasso pontífice. Convocaram testemunhas e ouviram evidências sob juramento. Então, fizeram uma lista que adicionava ainda mais acusações às informações bizarras e assustadoras que já possuíam sobre João. Algumas delas foram descritas em uma carta escrita a João pelo Imperador do Sacro Império Romano, Otto I da Saxônia:
O papa João, ainda no exílio em Tívoli, respondeu a Otto em termos ameaçadores que aterrorizaram Roma. Caso o sínodo o depusesse, ameaçou excomungar todos os envolvidos, e assim não poderiam celebrar missas ou conduzir uma ordenação. Em termos cristãos, esse é o pior castigo que um papa pode dar, pois a excomunhão significa estar fora da igreja, perdendo sua proteção e arriscando o espírito imortal.

A Vingança de João XII
O imperador Otto não se curvou à ameaça de excomunhão do papa e o depôs, colocando em seu lugar o papa Leão VIII sem que João soubesse. Quando retornou a Roma, em 963 D.C., sua vingança foi infinitamente pior que sua ameaça. João XII depôs o papa Leão e, ao invés da excomunhão, executou e mutilou todos os que fizeram parte do sínodo. Um bispo teve a pele arrancada, um cardeal teve o nariz e dois dedos cortados e a língua arrancada, e 63 membros do clero e da nobreza romana foram decapitados. Na noite de 14 de maio de 964, parece que todas as rezas implorando a morte de João XII foram ouvidas. Segundo a descrição do bispo João Crescêncio de Protus: "enquanto estava tendo relações sujas e ilícitas com uma matrona romana, o papa foi surpreendido pelo marido de sua amante em pleno ato. O enfurecido traído esmagou seu crânio com um martelo e, finalmente, entregou a indigna alma do papa João XII a Satã".

A Morte Chega para Marózia
A Igreja ainda não tinha acabado com a família das "meretrizes", que gerou nove dos mais pecaminosos papas já existentes e denegriu o nome do papado. Em 986, 22 anos após a dramática morte de João XII, o bispo Crescêncio foi até o Castelo de Santo Ângelo para ver a mãe de João, Marózia. Aquela mulher antes exuberante agora parecia um saco de ossos, vestida em farrapos.



Fonte => 
"A História Secreta dos Papas"
Autor: Brenda Ralph LewisEditora: Editora Europa

sábado, 16 de julho de 2011

Nasa encontra "estranhas formas de vida" na Terra


  1. Lago Mono no leste da Califórnia


  2. Escondida nas profundezas de um lago na Califórnia, a descoberta de uma bactéria capaz de alimentar-se de arsênico deixou pesquisadores da Nasa boquiabertos, o que deve ampliar a busca por formas de vida na Terra e fora dela.
  3. O estudo, financiado pela Nasa e divulgado nesta quinta-feira (2), redefine o que a ciência considera como elementos necessários para a vida, como carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre.
  4. Não apenas revela que as bactérias vivem em arsênico, mas também crescem incorporando o elemento a seu DNA e membranas celulares.
  5. "O que é novo aqui é o arsênico sendo usado como tijolo pelo organismo", explicou Ariel Anbar, coautor do estudo que será publicado na edição online da revista Science Express.
  6. "Nós sempre tivemos a ideia de que a vida existe com estes seis elementos sem exceção e veja só, bem talvez haja uma exceção", afirmou.
  7. A descoberta foi feita por Felisa Wolfe-Simon, uma ex-cientista do grupo de pesquisas de Anbar, na Escola da Exploração da Terra e do Espaço da Universidade Estadual do Arizona.
  8. O vago anúncio da Nasa, feito no início da semana, durante entrevista coletiva, sobre "uma descoberta de astrobiologia que impactaria a busca por evidências de vida extraterrestre", semeou a internet de especulações.
  9. A astrobiologia se dedica ao estudo da vida no universo, inclusive sua origem e evolução, onde está localizada e como pode sobreviver no futuro.
  10. Mas Anbar reconhece que será necessário dar um grande salto para se descobrir vida extraterrestre.
  11. "Estamos mais no começo de tudo", afirmou. "Talvez haja outras exceções sobre as quais devamos pensar a respeito".
  1. "Somos muito influenciados pela vida como conhecemos. Quanto a vida pode ser diferente e ainda funcionar?", questionou.
  1. Alguns anos atrás, Wolfe-Simon, Anbar e o colega Paul Davies começaram a discutir a ideia de que formas diferentes de vida possam existir na Terra, mas por regras biológicas diferentes das nossas, uma noção conhecida informalmente por cientistas como "vida estranha".
  2. O trio de cientistas publicou em 2009 a hipótese de que o arsênico, que aparece diretamente abaixo do fósforo na tabela periódica, poderia substituir o fósforo em formas de vida terrestres.
  3. Wolfe-Simon saiu a campo para testar sua teoria, em colaboração com Ronald Oremland, um renomado especialista mundial em microbiologia.
  4. Ela recolheu sedimentos do lago Mono, conhecido por seus altos índices de sal e arsênico, no leste da Califórnia, e levou o material para o laboratório.
  5. GFAJ-1 da família Halomonadaceae Gamoproteobacteria

  6. Wolfe-Simon conseguiu fazer uma bactéria conhecida como a cepa GFAJ-1 da famíliaHalomonadaceae Gamoproteobacteria, crescer no laboratório.
  7. "O organism
  8. o vem da natureza", disse Anbar. "É uma bactéria conhecida", emendou.
  9. A descoberta pode abrir novos caminhos na pesquisa de doenças e possivelmente novos capítulos em livros de biologia, disseram os cientistas.
  10. "Às vezes você pensa que algo não vai funcionar, mas aí você procura e às vezes encontra", disse Anbar.
  11. "E então você percebe, 'oh, eu não entendia as coisas tão bem quanto pensava'. Isto acontece todo o tempo na ciência. É o que torna as coisas divertidas", concluiu.