É surpreendente saber que as ruínas dos Campos de Extermínio de
Auschwitz-Birkenau, no interior da Polônia, sejam considerados
desde 2002 pela UNESCO como Patrimônios da Humanidade.
desde 2002 pela UNESCO como Patrimônios da Humanidade.
Porém, o que a princípio pode até parecer ofensivo a todas as
vítimas do Holocausto, adquire sentido após uma visita.
É simplesmente impossível esquecer do que é visto e sentido em
Auschwitz, e mais de 65 anos depois de descoberta a amplitude da
tragédia que se abateu sobre os judeus, ciganos e outras minorias nos
países ocupados pela Alemanha Nazista, uma visita a este que é um
dos lugares mais pavorosos do planeta nos lembra do estrago que
pode ser feito pela intolerância, alimentada por políticos mal-intencionados, aproveitando-se de uma situação econômica e social caótica.
Localizado a aproximadamente 60 km da cidade de Cracóvia (Kraków),
segunda maior da Polônia, estima-se que mais de um milhão de Judeus,
Ciganos e membros de outras minorias tenham sido
segunda maior da Polônia, estima-se que mais de um milhão de Judeus,
Ciganos e membros de outras minorias tenham sido
exterminadas nos campos de Auschwitz entre 1940 e 1945,
quando foram ocupados pelo Exército Soviético.
quando foram ocupados pelo Exército Soviético.
Auschwitz I - Campo original usado como centro administrativo do
complexo, além de aprisionar intelectuais e membros da resistência
polonesa, bem como prisioneiros de guerra soviéticos.
Neste campo morreram perto de 70.000 pessoas.
complexo, além de aprisionar intelectuais e membros da resistência
polonesa, bem como prisioneiros de guerra soviéticos.
Neste campo morreram perto de 70.000 pessoas.
Auschwitz II - Campo para onde eram levados os judeus, ciganos,
homossexuais, no que era chamado pelos nazistas de "Solução Final".
Era neste campo que estavam as Câmaras de Gás, e Joseph Mengele
escolhia suas "cobaias", para mostrar que em Auschwitz, a morte nem
sempre era a pior alternativa.
homossexuais, no que era chamado pelos nazistas de "Solução Final".
Era neste campo que estavam as Câmaras de Gás, e Joseph Mengele
escolhia suas "cobaias", para mostrar que em Auschwitz, a morte nem
sempre era a pior alternativa.
Foi aqui que mais de um milhão de judeus foram exterminados.
Auschwitz III - Campo de trabalhos forçados nas fábricas da indústria bélica
alemã.
O que mais impressiona são os requintes de ironia e premeditação mórbida
encontrados numa visita ao que é considerado o mais tétrico de todos os
museus do planeta. O maior exemplo é a inscrição
encontrados numa visita ao que é considerado o mais tétrico de todos os
museus do planeta. O maior exemplo é a inscrição
no portão de entrada de Auschwitz I, "Arbeit Macht Frei", cuja tradução é
"O trabalho liberta".
"O trabalho liberta".
"Arbeit Macht Frei" (O trabalho liberta)
Mais uma pitada de ironia:
Os prisioneiros saíam toda manhã para
os trabalhos forçados ao som de uma orquestra
formada pelos próprios colegas.
os trabalhos forçados ao som de uma orquestra
formada pelos próprios colegas.
Fique agora com as fortes imagens do que restou do Complexo
de Auschwitz-Birkenau, onde os prisioneiros chegavam em
de Auschwitz-Birkenau, onde os prisioneiros chegavam em
vagões superlotados, e eram conduzidos para salas de banho
que na verdade eram Câmaras de Gás, numa operação logística
que na verdade eram Câmaras de Gás, numa operação logística
friamente calculada e controlada.
Maquete da estrutura de Câmaras de Gás e Crematórios
no Museu de Auschwitz
no Museu de Auschwitz
Os prisioneiros, que não sabiam que seriam executados, eram
orientados a despir-se e deixar seus pertences em uma sala, onde
eram fornecidas senhas das quais deveriam se lembrar para recuperar
orientados a despir-se e deixar seus pertences em uma sala, onde
eram fornecidas senhas das quais deveriam se lembrar para recuperar
os objetos. O pretexto era de que iriam para uma área de
duchas e desinfecção. Na verdade, eram
duchas e desinfecção. Na verdade, eram
trancados em salas e mortos com o gás ZyKlon B.
Cercas eletrificadas ao redor dos campos
A desnutrição era tal que os prisioneiros sequer tinham forças
para tentativas de fuga
para tentativas de fuga
Entre 1940 e 1945 poucos que passaram por estes portões sobreviveram
Vagão que trazia prisioneiros diretamente para Auschwitz,
ponto final do ramal ferroviário que nenhum passageiro gostaria de t
er utilizado
er utilizado
Muitos visitantes deixam suas homenagens em diversos locais do campo
No museu, são mostrados os pertences dos prisioneiros executados
no campo, que eram separados e catalogados metodicamente pelos nazistas.
Ver todos aqueles objetos que fizeram parte da vida de pessoas que
chegaram a Auschwitz talvez seja um dos momentos mais apavorantes da visita.
no campo, que eram separados e catalogados metodicamente pelos nazistas.
Ver todos aqueles objetos que fizeram parte da vida de pessoas que
chegaram a Auschwitz talvez seja um dos momentos mais apavorantes da visita.
Malas
Sapatos
Próteses e Muletas
Canecas e Vasilhas
Óculos
Auschwitz está lá para incomodar, para servir como um
"Monumento à Estupidez Humana"
"Monumento à Estupidez Humana"
"Que este lugar seja para sempre um grito desesperado para a humanidade,
onde nazistas assassinaram entre um milhão e um milhão e meio
de homens, mulheres e crianças, principalmente judeus,
de homens, mulheres e crianças, principalmente judeus,
de vários países da Europa"
Auschwitz-Birkenau
1940-1945
Mais sobre esta página negra da história da humanidade em...
Grande parte das fotos deste post estão em um fantástico Thread do site Skyscraper
sobre as cidades de Cracóvia, Auschwitz e Birkenau
Read more: RIOBLOG: Auschwitz, uma viagem pelo mais tenebroso dos "Patrimônios da Humanidade" http://the-rioblog.blogspot.com/2011/05/auschwitz-uma-viagem-pelo-mais.html#ixzz1UvGqAIzN