Lilith, o arquétipo feminino da carne, de acordo com o folclore judaico foi a primeira mulher de Adão, que por sua vez ensinou a ele práticas de sexo não habituais, como o sexo oral, anal e outras formas que ignorando a reprodução estimulava apenas o prazer. Algumas pessoas, ou até mesmo satanistas, quando acabam de entender o arquétipo de Lilith, ao ler livros destinados a isto na literatura satânica, acham que a bruxa satânica, terá que se tornar uma nova Lilith. Ou seja, se tornar a devoradora de homens que terá que antes de tudo se tornar uma expert nas artes sexuais e se vulgarizar, para se tornar cada vez mais ser chamativa ao desejo carnal masculino. Mas a bruxaria satânica vai muito além disto, vai além do próprio arquétipo de Lilith. Na Bíblia Satânica LaVey escreveu:
Os três métodos pelos quais o comando do olhar pode ser talentoso e a utilização do sexo, sentimento ou admiração, ou qualquer combinação deles. Uma bruxa deve, honestamente, decidir em qual categoria ela mais naturalmente se encaixa.
A primeira categoria, a do sexo, e evidente. Se uma mulher e atrativa ou sexualmente encantadora, deveria fazer tudo no seu poder para tornar a si mesma o mais sedutora possível, desse modo usando sexo como a sua ferramenta mais poderosa. Uma vez que ela obteve a atenção do homem, pelo uso do seu apelo sexual, e livre para manipulá-lo conforme o seu desejo.
A segunda categoria e o sentimento. Normalmente mulheres idosas se encaixam nesta categoria. Poderia incluir a moca insignificante que tipifica a bruxa, que pode viver numa pequena cabana e ser considerada pelas pessoas como sendo bastante excêntrica. Crianças são normalmente encantadas pela fantasia que este tipo de bruxa prove e adultos jovens procuram-nos por seus conselhos considerados sábios. Através da sua inocência, crianças podem reconhecer seu poder mágico. Por se adaptar a imagem da doce, pequena e velha senhora próxima a porta, ela pode utilizar a arte do engodo para cumprir os seus objetivos.
A terceira categoria e o tema encantamento. Esta categoria se aplicaria a mulher que e estranha ou apavorante em sua aparência. Por fazer sua estranha aparência trabalhar para ela, pode manipular as pessoas simplesmente porque elas são temerosas das conseqüências de não fazerem o que ela pede.
Muitas mulheres se encaixam em mais do que uma destas categorias. Por exemplo, a jovem moca que tem uma aparência de inexperiência e inocência, mas ao mesmo tempo e muito sexy, combina sexo e sentimento. Ou a fêmea fatal que combina o apelo sexual com sinistra aparência pétrea, usa sexo e maravilha. Depois de avaliar suas qualidades, cada bruxa deve decidir em que categorias ou combinações de categorias ela se encaixa, e então utilizá-las da forma apropriada.
Assim, a bruxa satânica terá que procurar reforçar cada vez mais as qualidades que sejam proveitosas a ela. Nunca colocando a vulgaridade como única resposta e nunca descartando ela sem pensar primeiro. É uma realidade psicológica que o homem quer na mulher, a amante e a mãe. É incontestável que uma mulher fatal é atraente, e que uma menina sem experiência nenhuma atrai muito também. Mas é muito mais atraente aquela que sabe usar os vários lados, e que, não dá chance do homem saber como ela se portará, atraindo-o pela surpresa.
Então a bruxaria satânica é a arte de manipular os homens? Sim, mas não somente isto. A bruxa satânica atrairá os homens com seus dotes e conseguirá todos aqueles que ela quiser, mas muitas vezes sua a maior preocupação ao manipular um homem é simplesmente que ele continue ao seu lado, dando-lhe apóio e sendo companheiro. Pois por trás de todos os papéis que usar e de todos os fetiches que estimular sempre existira o seu Self, seu Eu Superior. Sua essência mais pura.
A bruxa satânica é, portanto, antes de tudo uma mulher segura, que não terá vergonha de expor suas opiniões, seu desejo, seu corpo, seu ódio e seu amor sempre que achar necessário. Esta será sua forma de mostrar que dentro da mulher fatal, da guerreira ou da menina há também uma mente pensante que não poderia permitir que fosse vista somente como objeto, mas sim, como uma parte participante e importante de um relacionamento e de uma sociedade.