quarta-feira, 4 de maio de 2011

Tabuleiro Quija



O tabuleiro Ouija é usado em adivinhações e no espiritualismo. Normalmente possui inscritas as letras do alfabeto, além de palavras como 'sim', 'não', 'adeus' e 'talvez'. Uma planchette (um dispositivo deslizante com 3 pernas) ou algum tipo de ponteiro é manipulado pelos que usam a tábua. Os usuários fazem uma pergunta ao tabuleiro e, um deles ou todos juntos, movem o ponteiro sobre o tabuleiro até que uma letra seja "selecionada" pelo ponteiro. As escolhas "soletram" uma resposta à questão formulada.


Alguns praticantes afirmam que forças paranormais ou sobrenaturais estariam em ação, soletrando as respostas do tabuleiro Ouija. Os céticos acreditam que os que usam o tabuleiro selecionam, consciente ou inconscientemente, o que é lido. Para comprovar isso, simplesmente tente fazê-lo de olhos vendados por algum tempo, enquanto um assistente neutro toma nota das letras selecionadas. Geralmente, o resultado serão maluquices incompreensíveis.

O movimento da planchette não se deve a forças paranormais, mas a movimentos imperceptíveis daqueles que controlam o ponteiro, conhecidos como efeito ideomotor. O mesmo tipo de movimento imperceptível atua na rabdomancia.


O tabuleiro Ouija foi apresentado pela primeira vez ao público norte-americano em 1890, como jogo de salão vendido em lojas de novidades.
E.C. Reiche, Elijah Bond, e Charles Kennard ... criaram um desenho alfanumérico totalmente novo. Espalham as letras do alfabeto em dois arcos atravessando o meio do tabuleiro. Abaixo das letras ficavam os números de 1 a 10. Nos cantos, haviam "SIM" e "NÃO."
Kennard chamou o novo tabuleiro de Ouija, em alusão à palavra egípcia que significaria boa sorte. Ouija na verdade não é boa sorte em egípcio, mas como o tabuleiro lhe disse que era, durante uma sessão, o nome acabou sendo adotado.*
Kennard perdeu a empresa para seu ex-chefe de produção William Fuld, em 1892.
Uma das primeiras peças de propaganda de William Fuld, como chefe de sua nova empresa, foi reinventar a história do tabuleiro Ouija. Afirmou ter sido ele próprio quem inventou o tabuleiro, e que o nome Ouija era uma fusão da palavra francesa "oui" para sim, e a alemã "ja" para sim.*
Embora os tabuleiros Ouija sejam vendidos geralmente na seção de novidades ou jogos das lojas, muitas pessoas juram que existe algo de sobrenatural neles. Por exemplo, Susy Smith, em Confessions of a Psychic (Confissões de um Médium) afirma que o uso de um tabuleiro Ouija a tornou mentalmente perturbada. Em Thirty Years Among the Dead(Trinta Anos Entre os Mortos) (1924), o psiquiatra norte-americano Dr. Carl Wickland afirma que o uso do tabuleiro Ouija "provocava uma demência tão violenta que internação em manicômios se fazia necessária". Será que é isso o que acontece quando amadores tentam mexer com o oculto? Talvez, se eles forem sugestionáveis, não muito céticos e um pouco perturbados para começar. Porém, até pessoas muito inteligentes, que não enlouqueceram, ficam impressionadas com sessões do tabuleiro Ouija. Elas acham difícil explicar a "comunicação" como o efeito ideomotor refletindo pensamentos inconscientes. Uma das razões para que eles achem essa explicação difícil de aceitar é a de que as "comunicações" às vezes são mesquinhas e desagradáveis. É psicologicamente mais agradável atribuir os pronunciamentos mesquinhos a espíritos malignos do que admitir que alguém entre eles esteja abrigando alguns desses pensamentos. Além disso, algumas das "comunicações" expressam medos ao invés de desejos, como o medo da morte, e idéias como essas podem ter um efeito bem visível e significativo sobre algumas pessoas, especialmente os jovens.



Observar mensagens poderosas e o efeito poderoso de mensagens sobre pessoas impressionáveis pode ser impressionante. Além disso, como as experiências com a comunicação facilitada têm demonstrado, pessoas decentes freqüentemente abrigam pensamentos indecentes, dos quais elas não têm consciência. E o fato de que uma pessoa leve uma "comunicação" a sério o bastante para fazer com que ela interfira significativamente em seu prazer de viver, poderia ser um motivo suficiente para que ela evitasse o tabuleiro Ouija como "entretenimento inofensivo", mas isto dificilmente é motivo suficiente para se concluir que as mensagens venham de outro lugar que não da nossa própria mente.