quarta-feira, 1 de junho de 2011

As Personalidades do Eneagrama

As 9 Personalidades do Eneagrama

 


O Eneagrama (palavra que vem do grego ennea gramma – figura geométrica de 9 lados) é um antigo sistema de sabedoria, que se estima ter sido criado há mais de 2500 anos em que descreve a personalidade humana dividida em 9 padrões. Ao tomarmos conhecimento do Eneagrama e das 9 personalidades tipo, podemos constatar que todos nós temos um pouco de cada uma delas de acordo com a situação, mas cada um escolheu e desenvolveu desde a infância uma para fazer face à percepção e descoberta do mundo.
O Eneagrama é magnífico porque leva em conta a dinâmica do homem, a sua evolução e as diferentes facetas da sua personalidade, em concordância com inúmeros dados verificáveis da psicologia contemporânea. A nível psicológico o Eneagrama propõe fazer-nos tomar consciência do facto da nossa personalidade nos ter imobilizado num comportamento condicionado. É o conhecimento de si próprio.

A cada tipo de personalidade foi atribuído um número fixo conhecido. Cada um dos nove pontos tem dois extremos: a paixão e a virtude. Reconhecer o tipo de personalidade dominante, equivale a aceitar que desde há anos, eu vivo sob uma influência de uma motivação inconsciente que dirige a minha vida. Reconhecer o nosso “tipo” dominante, é dar um nome ao nosso ego dominante, para transformar a paixão em virtude e melhorar a nossa atitude perante as adversidades.


Um = o perfeccionista
«tenho muitos defeitos, mas faço tudo para evitar os erros»
Os Um são cuidadosos e ordenados. Gostam das coisas no seu lugar. Meticulosos, trabalham correctamente. Dotados de elevado sentido moral. Têm medo de cometer um erro. Para eles, ou se está certo ou errado. Exigentes, evitam encolerizar-se mesmo que a imperfeição os irrite ou sobretudo quando os outros infringem as regras!

Na origem, inconscientemente, os Um percebem que o mundo julga as más atitudes e as impulsões «desde que me deixo ir, castigam a minha espontaneidade e isso dói-me». O seu sistema de valores desenvolveu-se á volta da Lei e da Ordem, do amor ao trabalho bem feito, da integridade, da disciplina, do sentido do esforço, da preocupação em se aperfeiçoar.


Dois = o altruísta
«se não for para me ocupar dos outros, de que serve viver?»

Os Dois são ocupados pela ideia de prestarem serviço. Para eles, as relações humanas contam mais que tudo. Gostam de reconfortar os outros, dar assistência e fazer passar as necessidades dos outros diante das suas. São calorosos e cheios de atenções. Apreciam que se precise deles, são altruístas por convicção.

Na origem, inconscientemente, os Dois imaginam que não se gosta deles por si mesmos, tal como eles são. O seu sistema de valores desenvolveu-se á volta do serviço prestado, das relações e do calor humano, dos sentimentos, da escuta.



Três = o empreendedor
«o trabalho é mais agradável que o prazer»

Os Três são muito competitivos, ganhadores, orgulhosos dos seus sucessos. Sabem motivar os outros e levam a peito ver os objectivos atingidos. Gostam de poder medir os seus sucessos, são materialistas. São bons vendedores, têm o sentido da eficácia. A sua aparência, a imagem que dão de si são extremamente importantes, sobretudo a do seu êxito.

Na origem, inconscientemente, os Três imaginam que o mundo não gosta deles por aquilo que eles são, mas por aquilo que fazem: «quando era criança, tinha a impressão de que só gostavam de mim pelas boas notas que tinha na escola ou pelas minhas vitórias desportivas». O seu sistema de valores desenvolveu-se á volta da confiança em si mesmos, dos bons resultados, do prestígio, da imagem de sucesso.



Quatro = o romântico
«nada nos torna tão grandes como uma grande dor»
Os Quatro são originais preocupados com a beleza e estética. São sensíveis ás emoções, procuraram a intensidade e o dramático, com aliás um lado teatral. São hiper sensíveis ás críticas. Acontece-lhes cobiçar aquilo que os outros possuem. Sentem-se diferentes, á parte. Têm aliás uma fibra nostálgica e melancólica, voltada para o passado. Por vezes têm a sensação de terem sido abandonados e são dados ás depressões.

Na origem, inconscientemente, os Quatro têm o sentimento de terem sido abandonados. Há como um grande vazio, falta algo de importante. O seu sistema de valores desenvolveu-se á volta de exprimir os seus sentimentos. Serem compreendidos na sua diferença, criatividade, romantismo, sentido da estética.


Cinco = o observador
«há muito que aprender, apenas olhando»
Os Cinco são observadores, solitários ciosos do seu espaço vital. São analíticos e lógicos. Gostam de compreender, ter a visão do conjunto, observar mais do que participar. Ficar muito tempo com outros, fatiga-os. São independentes e auto-suficientes. Privilegiam a reflexão à acção e têm dificuldades em exprimir as suas emoções.

Na origem, inconscientemente, os Cinco percebem o mundo como invasor e intruso. O seu sistema de valores desenvolveu-se á volta de pensar, saber, conhecer, compreender, proteger o seu espaço vital.


Seis = o questionador
«a dúvida é uma homenagem prestada à esperança»

Os Seis são do género prudente, são motivados pela necessidade de segurança. Muitas vezes vítimas da dúvida, têm tendência para se preocuparem com dissabores eventuais, a imaginarem o pior cenário possível e preferem as coisas previsíveis. Sobre avaliam os perigos e têm tendência para pedir conselho. Não têm confiança à priori, mas uma vez confiantes têm um elevado sentido de lealdade.

Na origem, inconscientemente, os Seis percebem que o mundo não é de fiar: «traíram-me». O seu sistema de valores desenvolveu-se á volta da confiança, lealdade, imaginação, sensibilidade, intuição.



Sete = o sonhador
«só se vive uma vez, vamos aproveitar»

Os Sete andam constantemente à procura do prazer. Não suportam estar fechados, aventureiros por natureza. Têm dificuldades em terminar o que começaram. Entusiastas e optimistas, têm tendência para se entusiasmarem com o que é novo e para subestimar o perigo. Mesmo nas situações de perigo, a tendência é ter pensamentos positivos. Gostam de ter montes de projectos e de estarem continuamente em movimento.

Na origem, inconscientemente, os Sete percebem o mundo como frustrante e constrangedor: «gosto da minha liberdade e sofro por ficar limitado a uma só escolha». O seu sistema de valores desenvolveu-se á volta de tirar partido da existência, multiplicar os prazeres, procurar a diversidade, concentrar-se no lado bom das coisas.


Oito = o confrontador
«não se mendiga um justo direito, luta-se por ele»

Os Oito são fortes e confiam nos seus meios. Sabem o que querem e são directos nos seus propósitos. Gostam de controlar as situações e tomar decisões rápidas. Combativos, apreciam uma oposição consistente. Respeitam a força e impõem as suas próprias regras. São por vezes excessivos e vêem-se como justiceiros, protector dos fracos.

Na origem, inconscientemente, os Oito percebem o mundo como insuportável e injusto, parecer fraco é perigoso. O seu sistema de valores desenvolveu-se á volta de força, determinação, coragem, justiça.


Nove = o mediador
«a pressa é inimiga do tempo que passa.»

Os nove têm uma aparência apaziguante. Têm hábitos e gostam de ouvir. Procuram a harmonia, pacifistas por natureza. Mediadores, tentam evitar os conflitos ou a confrontação. Indecisos, têm dificuldade em escolher e em formar uma opinião. Detestam que os pressionem e preferem viver ao seu ritmo.

Na origem, inconscientemente, os Nove percebem que não são ouvidos e que exprimir uma opinião pode ser fonte de conflitos e de separação. O seu sistema de valores desenvolveu-se á volta da paz, paciência, temperança, atenção aos outros.

Na imagem e em teoria, que "virtude" e "paixão" principal, afectam cada número apresentado da "personalidade dominante"

FELICIDADE
O Dois pensa que será feliz se for amado (ou adorado) pelos outros,
o Três se for admirado pelos outros,
o Quatro se ele for totalmente livre para ser ele mesmo,
o Cinco se ele tiver certeza intelectual,
o Seis se ele tiver absoluta segurança,
o Sete se ele possuir tudo que quiser,
o Oito se tiver as coisas da sua maneira,
o Nove se ele puder "fundir-se" com alguém, e
o Um se ele for perfeito.

TENTAÇÃO
A tentação do Nove é acreditar que a tranquilidade é um valor maior;
a do Oito é acreditar no seu próprio poder;
a do Sete é acreditar que possessões materiais o realizarão;
a do Seis é acreditar na segurança proporcionada pelas outras pessoas;
a do Cinco é acreditar que o conhecimento é um fim em si mesmo;
a do Quatro é acreditar na sua liberdade para fazer o que quiser;
a do Três é acreditar na sua própria excelência;
a do Dois é acreditar na sua própria importância e,
a tentação do Um é acreditar na sua própria rectidão.


PROVÁVEL DESTINO
Tentando perfeição sem sensibilidade humana, os Um acabam pervertendo a própria sensibilidade.
Forçando os outros a amá-los, os Dois terminam sendo odiados.
Engrandecendo-se, os Três acabam sendo rejeitados.
Seguindo somente seus sentimentos, os Quatro acabam desperdiçando suas vidas.
Impondo suas ideias sobre a realidade, os Cinco terminam desligados da realidade.
Sendo muito dependentes dos outros, os Seis terminam sendo abandonados.
Vivendo para o prazer, os Sete acabam frustrados e insatisfeitos.
Dominando os outros para terem o que querem, os Oito acabam destruindo tudo.
Acomodando-se demais, os Nove tornam-se conchas subdesenvolvidas e fragmentadas.